07.08.2025

Leader's Talks - Vasco Castanheira (General Manager @ D'AVEIA)

“We never settle” – a convicção de quem lidera com consistência, visão e propósito
Leader's Talks - Vasco Castanheira (General Manager @ D'AVEIA)
Vasco Castanheira
General Manager @ D'AVEIA

“We never settle” – a convicção de quem lidera com consistência, visão e propósito

Com espírito inquieto e visão global, Vasco Castanheira está a transformar a D’AVEIA numa referência nacional. Da escalada de glaciares à gestão de uma empresa portuguesa, fala-nos de inovação, ciência e propósito. Uma conversa inspiradora com quem acredita que o sucesso se constrói com consistência e autenticidade.

O Percurso do Vasco

Vasco, qual foi o seu percurso académico e de que forma acredita que contribuiu para a sua visão de negócio?

Licenciei-me em Gestão pela Universidade Católica Portuguesa e, mais tarde, concluí um Mestrado em International Marketing na Hult International Business School, em Londres. Estas experiências deram-me uma base sólida de conhecimento e uma mentalidade global, sobretudo com o intercâmbio que fiz em Buenos Aires durante a licenciatura e, mais tarde, em São Francisco, já no mestrado.

Durante a sua licenciatura, decidiu fazer um Gap Year. O que o motivou e que impacto teve essa experiência na sua vida?

Enquanto estudava, trabalhei como Relações Públicas e consegui juntar uma quantia significativa que me permitiu fazer um Gap Year. Viajei durante sete meses sozinho pela Ásia, passando por países como a Índia, o Nepal, a China, o Vietname ou as Filipinas. 

Foi uma experiência profundamente transformadora, que me moldou tanto a nível pessoal como profissional. Desafios como subir montanhas ou atravessar glaciares ensinaram-me resiliência, foco e capacidade de adaptação, competências que hoje tento aplicar diariamente na liderança da D’AVEIA.

Depois do mestrado, permaneceu em Londres. Em que consistiu a sua experiência profissional nessa altura?

Após terminar o mestrado, integrei a startup HotelTonight, onde participei na primeira equipa de expansão internacional. Fui responsável pelos mercados de Portugal, Espanha e Grécia. Foram três anos de muitos desafios, altos e baixos, mas, acima de tudo, de uma aprendizagem intensa que me proporcionou uma visão muito clara sobre como escalar um negócio em mercados distintos. O resultado foi bastante positivo que culminou com a aquisição da startup por parte do Airbnb em 2019.

O que o levou a regressar a Portugal?

Apesar de sentir que Portugal não me oferecia o mesmo tipo de oportunidades desafiadoras, o regresso surgiu por saudade do país, do sol e da qualidade de vida. E foi nesse momento, em 2017, que a minha mãe, Cristina Varandas, fundadora da Dermoteca, me convidou para integrar o projeto D’AVEIA.

Antes de assumir a liderança da D’AVEIA, tinha experiência numa startup tecnológica. A transição para uma empresa da área da dermocosmética, mais tradicional e regulada, foi certamente marcante. Como viveu essa mudança?

A indústria da dermocosmética é muito mais tradicional, conservadora e regulada. Nos dois primeiros anos na D’AVEIA, concentrei-me em transformar digitalmente a empresa. Só depois é que comecei a focar-me no desenvolvimento do negócio. Não seria possível haver desenvolvimento sem uma base digital sólida. Foi um processo de aprendizagem profunda e de adaptação a uma realidade muito distinta da que conhecia.

A Dermoteca

Como foi criada a Dermoteca?

A Dermoteca foi criada pela minha mãe em 1994. Ela é farmacêutica de formação e, na altura que terminou o curso, não tinha ainda um rumo profissional muito definido. Surgiu então a oportunidade de representar marcas de dermocosmética em Portugal, como a URIAGE, Istitut Esthérdem, entre outras, através de uma recomendação feita por uma professora da faculdade. Mais tarde o seu trabalho e reconhecimento, levou ao convite para lançar a marca Aveeno em Portugal.

Foi nesse contexto que a minha mãe decidiu fundar a Dermoteca, tornando-se responsável pela distribuição da Aveeno em Portugal. Nos primeiros cinco anos, o crescimento foi verdadeiramente impressionante, onde as vendas quase duplicavam de ano para ano. No entanto, em 1999, a Aveeno foi adquirida pela gigante amercicana Johnson & Johnson, e nesse momento a minha mãe teve de tomar uma decisão: ou fechava a empresa, ou criava algo novo, que permitisse a “independência” da empresa.

Foi aí que nasceu a D’AVEIA, uma marca com ADN português, pensada de raiz para responder a necessidades dermatológicas reais, utilizando ingredientes como a aveia coloidal. Começámos com uma linha de 12 produtos, focados em cuidados da pele e higiene íntima, e a marca tem vindo a crescer desde então. O meu papel hoje é garantir que essa herança se moderniza, sem nunca perder a autenticidade que a define desde o início.

Quantas pessoas fazem parte atualmente da equipa da D’AVEIA?

Neste momento, somos uma equipa de 22 pessoas. Temos sete pessoas no escritório, responsáveis pelas áreas farmacêutica, logística, comercial e de marketing, e o restante da equipa está no terreno, em contacto direto com farmácias, profissionais de saúde e parceiros.

A vossa produção é interna ou têm parceiros externos?

Todos os nossos produtos são produzidos em Itália, com parceiros altamente especializados na área da dermocosmética, que garantem padrões de qualidade muito elevados. Consideramos que, infelizmente, Portugal ainda não está preparado para produzir dermocosmética com a qualidade que necessitamos e a preços competitivos. Esta decisão permite-nos manter o foco na investigação, desenvolvimento e distribuição, assegurando sempre a excelência dos nossos produtos.

Quais são os pilares que sustentam a marca D’AVEIA?

A D’AVEIA assenta em três pilares fundamentais: somos uma marca portuguesa, trabalhamos com ingredientes naturais e temos uma forte ligação à recomendação médica e farmacêutica. Esta combinação é aquilo que nos distingue e que nos permite ganhar a confiança dos profissionais de saúde e dos consumidores.

Há algum princípio ou mensagem essencial que gostaria de destacar no cuidado da pele?

Sem dúvida. A pele é o maior órgão do corpo humano, e muitas vezes só nos lembramos de cuidar dela quando há um problema. Na D’AVEIA, acreditamos que a prevenção é o melhor cuidado. Os nossos produtos são pensados não só para situações adversas mas também para um uso quotidiano, precisamente para manter a pele saudável e equilibrada antes que surjam complicações. É esse compromisso com o cuidado contínuo que procuramos passar a quem confia em nós.

Iniciou um processo de exportação da marca, que acabou por ser travado pela pandemia. Como lidou com esse contratempo?

A exportação era um passo estratégico que iniciámos em 2019, mas acabou por ser travado com a chegada da pandemia. Foi um contratempo significativo, mas obrigou-nos a repensar prioridades. Em vez de avançarmos com a internacionalização, optámos por consolidar a nossa presença no mercado nacional. Percebi que em Portugal ainda existia pouca valorização da dermocosmética de origem nacional, e decidi focar esforços em mudar essa perceção. Durante esse período, a marca manteve-se sólida e, aproveitando o contexto, lançámos a D’AVEIA Ceutics, uma gama anti-aging, que associa ingredientes naturais aos mais recentes e inovadores ingredientes da dermocosmética, respondendo à necessidade que identificámos no mercado.

D’AVEIA - Presente e Futuro

Como caracteriza a D’AVEIA hoje, após mais de 25 anos de existência?

A D’AVEIA é uma marca de referência nacional, presente em mais de 800 farmácias e recomendada por dermatologistas, ginecologistas e pediatras em todo o país. Apostamos na ciência, em formulações inovadoras, e na eficácia dos nossos produtos. Não fazemos promessas ocas. Trabalhamos com uma equipa pequena mas especializada, o que nos permite ser ágeis e manter um contacto próximo com os profissionais de saúde e os consumidores.

Quais são, atualmente, os seus principais objetivos com a marca?

Em 2024 e 2025, o foco está no crescimento sustentável e aumento de awareness da marca portuguesa D’AVEIA como referência de uso diário. Acredito que a fase de adaptação à nova realidade do mercado já está ultrapassada, e agora queremos reforçar o nosso impacto junto de profissionais de saúde e consumidores. A marca é hoje sinónimo de confiança, qualidade e ciência.

Como define o sucesso da D’AVEIA?

Para mim, o sucesso não se mede apenas por quotas de mercado ou faturação. Mede-se pelo impacto clínico que os nossos produtos têm, pela confiança que construímos com médicos e farmacêuticos, e pelo feedback extremamente positivo das famílias portuguesas. Alcançando isso, o sucesso associado a quotas de mercado e à faturação naturalmente virá. O nosso compromisso é com a ciência, com as formulações inovadoras e com a eficácia comprovada por testes dermatológicos.

Dirige uma empresa 100% portuguesa, com uma equipa pequena mas especializada. Quais os principais desafios deste modelo?

Gerir uma estrutura pequena exige paixão, eficiência e decisões ponderadas. Um dos principais desafios é melhorar e manter a proximidade com os profissionais de saúde e com os consumidores, que aliado à nossa equipa, são as peças-chave para o nosso crescimento. Temos três equipas distintas: uma de backoffice, que assegura toda a gestão, e duas comerciais: uma a trabalhar diretamente com farmácias e outra dedicada à informação médica, que apresenta os nossos produtos aos dermatologistas, pediatras e ginecologistas.

Qual considera ser o maior desafio da sua carreira até agora?

Sem dúvida, gerir pessoas. No fim do dia, são as pessoas que fazem os negócios acontecer e crescer. As pessoas são o mais importante. Esforçamo-nos para criar um ambiente onde todos se sintam valorizados, e alinhados com a missão da empresa. É um desafio constante, e que considero essencial para o sucesso de qualquer organização.

E como gostaria que a D’AVEIA fosse reconhecida por quem a conhece ou está agora a descobri-la?

Como uma marca 100% portuguesa, criada com ingredientes naturais e recomendada por especialistas. Um projeto que cresceu de forma orgânica, com base na qualidade dos produtos, na confiança construída ao longo de mais de 25 anos e numa fragrância única que muitos associam a conforto, a família, a bem-estar.

A D’AVEIA continua em expansão, com novos projetos na área da inovação e do desenvolvimento de novos produtos. O propósito mantém-se o mesmo: criar soluções dermofarmacêuticas que respeitam a pele, o corpo e a ciência. Mantendo um elemento diferenciador, que é a fragrância de todos os produtos, que é reconhecido entre o público.

Vasco - Gestão e Visão

Como descreveria o seu estilo de liderança?

Descreveria o meu estilo de liderança como empático, pragmático e paciente. Essas qualidades foram moldadas por experiências pessoais, muitas delas fora do contexto empresarial. Viajar sozinho, enfrentar adversidades, subir montanhas ou atravessar glaciares, todos esses desafios ensinam-nos a tomar decisões sob pressão, a lidar com o inesperado e, acima de tudo, a valorizar as pessoas ao nosso lado. No mundo empresarial, acredito que o maior desafio, e também o mais importante, é saber gerir pessoas. No final do dia, quem faz os negócios são as pessoas, não os produtos. A minha responsabilidade é fornecer as ferramentas necessárias para que cada pessoa possa potenciar as suas qualidades, alinhando o seu desenvolvimento com os objetivos da empresa, e garantindo que se sintam ouvidos, valorizados e parte integrante do processo.

Qual é a mensagem que gostaria de deixar sobre a sua visão pessoal e profissional?

A minha filosofia é simples: "We never settle". Nunca nos acomodamos. Lutamos constantemente para sermos diferenciadores num mercado tão competitivo com gigantes internacionais, sem nunca comprometer a integridade da nossa marca portuguesa. Acredito no crescimento orgânico, sustentado e baseado no mérito. E sei que, quando a marca é autêntica, os consumidores reconhecem, pela eficácia dos produtos, pelo rigor científico e até pela fragrância que associam a momentos de partilha e de bem-estar próprio.

Visite o Website da D'AVEIA: https://www.daveia.pt/

“We never settle” – a convicção de quem lidera com consistência, visão e propósito

Com espírito inquieto e visão global, Vasco Castanheira está a transformar a D’AVEIA numa referência nacional. Da escalada de glaciares à gestão de uma empresa portuguesa, fala-nos de inovação, ciência e propósito. Uma conversa inspiradora com quem acredita que o sucesso se constrói com consistência e autenticidade.

O Percurso do Vasco

Vasco, qual foi o seu percurso académico e de que forma acredita que contribuiu para a sua visão de negócio?

Licenciei-me em Gestão pela Universidade Católica Portuguesa e, mais tarde, concluí um Mestrado em International Marketing na Hult International Business School, em Londres. Estas experiências deram-me uma base sólida de conhecimento e uma mentalidade global, sobretudo com o intercâmbio que fiz em Buenos Aires durante a licenciatura e, mais tarde, em São Francisco, já no mestrado.

Durante a sua licenciatura, decidiu fazer um Gap Year. O que o motivou e que impacto teve essa experiência na sua vida?

Enquanto estudava, trabalhei como Relações Públicas e consegui juntar uma quantia significativa que me permitiu fazer um Gap Year. Viajei durante sete meses sozinho pela Ásia, passando por países como a Índia, o Nepal, a China, o Vietname ou as Filipinas. 

Foi uma experiência profundamente transformadora, que me moldou tanto a nível pessoal como profissional. Desafios como subir montanhas ou atravessar glaciares ensinaram-me resiliência, foco e capacidade de adaptação, competências que hoje tento aplicar diariamente na liderança da D’AVEIA.

Depois do mestrado, permaneceu em Londres. Em que consistiu a sua experiência profissional nessa altura?

Após terminar o mestrado, integrei a startup HotelTonight, onde participei na primeira equipa de expansão internacional. Fui responsável pelos mercados de Portugal, Espanha e Grécia. Foram três anos de muitos desafios, altos e baixos, mas, acima de tudo, de uma aprendizagem intensa que me proporcionou uma visão muito clara sobre como escalar um negócio em mercados distintos. O resultado foi bastante positivo que culminou com a aquisição da startup por parte do Airbnb em 2019.

O que o levou a regressar a Portugal?

Apesar de sentir que Portugal não me oferecia o mesmo tipo de oportunidades desafiadoras, o regresso surgiu por saudade do país, do sol e da qualidade de vida. E foi nesse momento, em 2017, que a minha mãe, Cristina Varandas, fundadora da Dermoteca, me convidou para integrar o projeto D’AVEIA.

Antes de assumir a liderança da D’AVEIA, tinha experiência numa startup tecnológica. A transição para uma empresa da área da dermocosmética, mais tradicional e regulada, foi certamente marcante. Como viveu essa mudança?

A indústria da dermocosmética é muito mais tradicional, conservadora e regulada. Nos dois primeiros anos na D’AVEIA, concentrei-me em transformar digitalmente a empresa. Só depois é que comecei a focar-me no desenvolvimento do negócio. Não seria possível haver desenvolvimento sem uma base digital sólida. Foi um processo de aprendizagem profunda e de adaptação a uma realidade muito distinta da que conhecia.

A Dermoteca

Como foi criada a Dermoteca?

A Dermoteca foi criada pela minha mãe em 1994. Ela é farmacêutica de formação e, na altura que terminou o curso, não tinha ainda um rumo profissional muito definido. Surgiu então a oportunidade de representar marcas de dermocosmética em Portugal, como a URIAGE, Istitut Esthérdem, entre outras, através de uma recomendação feita por uma professora da faculdade. Mais tarde o seu trabalho e reconhecimento, levou ao convite para lançar a marca Aveeno em Portugal.

Foi nesse contexto que a minha mãe decidiu fundar a Dermoteca, tornando-se responsável pela distribuição da Aveeno em Portugal. Nos primeiros cinco anos, o crescimento foi verdadeiramente impressionante, onde as vendas quase duplicavam de ano para ano. No entanto, em 1999, a Aveeno foi adquirida pela gigante amercicana Johnson & Johnson, e nesse momento a minha mãe teve de tomar uma decisão: ou fechava a empresa, ou criava algo novo, que permitisse a “independência” da empresa.

Foi aí que nasceu a D’AVEIA, uma marca com ADN português, pensada de raiz para responder a necessidades dermatológicas reais, utilizando ingredientes como a aveia coloidal. Começámos com uma linha de 12 produtos, focados em cuidados da pele e higiene íntima, e a marca tem vindo a crescer desde então. O meu papel hoje é garantir que essa herança se moderniza, sem nunca perder a autenticidade que a define desde o início.

Quantas pessoas fazem parte atualmente da equipa da D’AVEIA?

Neste momento, somos uma equipa de 22 pessoas. Temos sete pessoas no escritório, responsáveis pelas áreas farmacêutica, logística, comercial e de marketing, e o restante da equipa está no terreno, em contacto direto com farmácias, profissionais de saúde e parceiros.

A vossa produção é interna ou têm parceiros externos?

Todos os nossos produtos são produzidos em Itália, com parceiros altamente especializados na área da dermocosmética, que garantem padrões de qualidade muito elevados. Consideramos que, infelizmente, Portugal ainda não está preparado para produzir dermocosmética com a qualidade que necessitamos e a preços competitivos. Esta decisão permite-nos manter o foco na investigação, desenvolvimento e distribuição, assegurando sempre a excelência dos nossos produtos.

Quais são os pilares que sustentam a marca D’AVEIA?

A D’AVEIA assenta em três pilares fundamentais: somos uma marca portuguesa, trabalhamos com ingredientes naturais e temos uma forte ligação à recomendação médica e farmacêutica. Esta combinação é aquilo que nos distingue e que nos permite ganhar a confiança dos profissionais de saúde e dos consumidores.

Há algum princípio ou mensagem essencial que gostaria de destacar no cuidado da pele?

Sem dúvida. A pele é o maior órgão do corpo humano, e muitas vezes só nos lembramos de cuidar dela quando há um problema. Na D’AVEIA, acreditamos que a prevenção é o melhor cuidado. Os nossos produtos são pensados não só para situações adversas mas também para um uso quotidiano, precisamente para manter a pele saudável e equilibrada antes que surjam complicações. É esse compromisso com o cuidado contínuo que procuramos passar a quem confia em nós.

Iniciou um processo de exportação da marca, que acabou por ser travado pela pandemia. Como lidou com esse contratempo?

A exportação era um passo estratégico que iniciámos em 2019, mas acabou por ser travado com a chegada da pandemia. Foi um contratempo significativo, mas obrigou-nos a repensar prioridades. Em vez de avançarmos com a internacionalização, optámos por consolidar a nossa presença no mercado nacional. Percebi que em Portugal ainda existia pouca valorização da dermocosmética de origem nacional, e decidi focar esforços em mudar essa perceção. Durante esse período, a marca manteve-se sólida e, aproveitando o contexto, lançámos a D’AVEIA Ceutics, uma gama anti-aging, que associa ingredientes naturais aos mais recentes e inovadores ingredientes da dermocosmética, respondendo à necessidade que identificámos no mercado.

D’AVEIA - Presente e Futuro

Como caracteriza a D’AVEIA hoje, após mais de 25 anos de existência?

A D’AVEIA é uma marca de referência nacional, presente em mais de 800 farmácias e recomendada por dermatologistas, ginecologistas e pediatras em todo o país. Apostamos na ciência, em formulações inovadoras, e na eficácia dos nossos produtos. Não fazemos promessas ocas. Trabalhamos com uma equipa pequena mas especializada, o que nos permite ser ágeis e manter um contacto próximo com os profissionais de saúde e os consumidores.

Quais são, atualmente, os seus principais objetivos com a marca?

Em 2024 e 2025, o foco está no crescimento sustentável e aumento de awareness da marca portuguesa D’AVEIA como referência de uso diário. Acredito que a fase de adaptação à nova realidade do mercado já está ultrapassada, e agora queremos reforçar o nosso impacto junto de profissionais de saúde e consumidores. A marca é hoje sinónimo de confiança, qualidade e ciência.

Como define o sucesso da D’AVEIA?

Para mim, o sucesso não se mede apenas por quotas de mercado ou faturação. Mede-se pelo impacto clínico que os nossos produtos têm, pela confiança que construímos com médicos e farmacêuticos, e pelo feedback extremamente positivo das famílias portuguesas. Alcançando isso, o sucesso associado a quotas de mercado e à faturação naturalmente virá. O nosso compromisso é com a ciência, com as formulações inovadoras e com a eficácia comprovada por testes dermatológicos.

Dirige uma empresa 100% portuguesa, com uma equipa pequena mas especializada. Quais os principais desafios deste modelo?

Gerir uma estrutura pequena exige paixão, eficiência e decisões ponderadas. Um dos principais desafios é melhorar e manter a proximidade com os profissionais de saúde e com os consumidores, que aliado à nossa equipa, são as peças-chave para o nosso crescimento. Temos três equipas distintas: uma de backoffice, que assegura toda a gestão, e duas comerciais: uma a trabalhar diretamente com farmácias e outra dedicada à informação médica, que apresenta os nossos produtos aos dermatologistas, pediatras e ginecologistas.

Qual considera ser o maior desafio da sua carreira até agora?

Sem dúvida, gerir pessoas. No fim do dia, são as pessoas que fazem os negócios acontecer e crescer. As pessoas são o mais importante. Esforçamo-nos para criar um ambiente onde todos se sintam valorizados, e alinhados com a missão da empresa. É um desafio constante, e que considero essencial para o sucesso de qualquer organização.

E como gostaria que a D’AVEIA fosse reconhecida por quem a conhece ou está agora a descobri-la?

Como uma marca 100% portuguesa, criada com ingredientes naturais e recomendada por especialistas. Um projeto que cresceu de forma orgânica, com base na qualidade dos produtos, na confiança construída ao longo de mais de 25 anos e numa fragrância única que muitos associam a conforto, a família, a bem-estar.

A D’AVEIA continua em expansão, com novos projetos na área da inovação e do desenvolvimento de novos produtos. O propósito mantém-se o mesmo: criar soluções dermofarmacêuticas que respeitam a pele, o corpo e a ciência. Mantendo um elemento diferenciador, que é a fragrância de todos os produtos, que é reconhecido entre o público.

Vasco - Gestão e Visão

Como descreveria o seu estilo de liderança?

Descreveria o meu estilo de liderança como empático, pragmático e paciente. Essas qualidades foram moldadas por experiências pessoais, muitas delas fora do contexto empresarial. Viajar sozinho, enfrentar adversidades, subir montanhas ou atravessar glaciares, todos esses desafios ensinam-nos a tomar decisões sob pressão, a lidar com o inesperado e, acima de tudo, a valorizar as pessoas ao nosso lado. No mundo empresarial, acredito que o maior desafio, e também o mais importante, é saber gerir pessoas. No final do dia, quem faz os negócios são as pessoas, não os produtos. A minha responsabilidade é fornecer as ferramentas necessárias para que cada pessoa possa potenciar as suas qualidades, alinhando o seu desenvolvimento com os objetivos da empresa, e garantindo que se sintam ouvidos, valorizados e parte integrante do processo.

Qual é a mensagem que gostaria de deixar sobre a sua visão pessoal e profissional?

A minha filosofia é simples: "We never settle". Nunca nos acomodamos. Lutamos constantemente para sermos diferenciadores num mercado tão competitivo com gigantes internacionais, sem nunca comprometer a integridade da nossa marca portuguesa. Acredito no crescimento orgânico, sustentado e baseado no mérito. E sei que, quando a marca é autêntica, os consumidores reconhecem, pela eficácia dos produtos, pelo rigor científico e até pela fragrância que associam a momentos de partilha e de bem-estar próprio.

Visite o Website da D'AVEIA: https://www.daveia.pt/

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