10.10.2025

Leader's Talks - Francisco Pombas (Cofundador e Diretor Comercial @ Grupo Domótica SGTA)

Leader's Talks - Francisco Pombas (Cofundador e Diretor Comercial @ Grupo Domótica SGTA)
Francisco Pombas
Cofundador & Diretor Comercial @ Grupo Domótica SGTA

Francisco é cofundador e diretor comercial da Domótica SGTA e há mais de vinte anos dedica-se a transformar edifícios em espaços inteligentes, eficientes e confortáveis. Do Aeroporto de Lisboa ao Ombria Resort, liderou projetos desafiantes que marcaram o setor. Nesta entrevista, fala sobre a importância da inovação, os desafios da sustentabilidade, a cultura interna da empresa e também sobre a paixão que o mantém motivado no dia a dia.

1. Como nasceu a Domótica SGTA e qual foi a motivação para criar a empresa?

Francisco: A Domótica SGTA nasceu da nossa paixão pela tecnologia e pelo controlo técnico de edifícios. Eu e os meus sócios começámos a trabalhar juntos em projetos desafiantes desde o início e sempre procurámos criar soluções inovadoras e de grande escala, com foco na qualidade, eficiência energética e satisfação do cliente. 

A nossa motivação principal foi a vontade de desenvolver sistemas que realmente fizessem a diferença, não apenas em termos de tecnologia, mas também no conforto e operação dos edifícios. Queríamos desenvolver sistemas que fossem fiéis às necessidades do cliente e adaptáveis a diferentes contextos.

2. Quais foram os primeiros projetos que desenvolveram? E quais considera mais marcantes na história da Domótica SGTA?

Francisco: Um dos primeiros grandes projetos foi a Gare do Oriente, que desenvolvemos do zero. Com um sistema que foi instalado em 1998 e continua a funcionar atualmente, com a nossa assistência técnica, o que mostra a qualidade do nosso equipamento e serviço. 

Outro projeto totalmente diferente foi o do Aeroporto de Lisboa, onde foram remodelados quadros elétricos e equipamentos de climatização permitindo instalar um sistema de gestão técnica centralizado, tudo isto aconteceu em plena operação, o que foi algo muito desafiante. 

Mais recentemente, destaco o Ombria Resort, um projeto hoteleiro no Algarve, com aproveitamento geotérmico de baixa entalpia, totalmente inovador para nós, que representou um desafio técnico e criativo.

Todos estes projetos são marcantes na história da Domótica SGTA, acima de tudo pelas suas diferenças.

3. Como caracteriza o papel da inovação dentro da Domótica SGTA?

Francisco: A inovação está no nosso ADN. Estamos a investir em Inteligência Artificial e Machine Learning para que os edifícios possam aprender e adaptar-se às necessidades dos ocupantes. Usamos plataformas que permitem ajustar automaticamente parâmetros como a temperatura ou o horário de funcionamento, mas estamos a desenvolver internamente soluções próprias para não depender de terceiros. 

A nossa visão é sempre unir eficiência energética, conforto e facilidade de operação, criando edifícios inteligentes que se adaptam a cada situação.

4. Pode dar-nos exemplos concretos de como a Inteligência Artificial e Machine Learning estão a ser aplicadas?

Francisco: Claro que sim, a Inteligência Artificial e Machine Learning podem ser aplicadas, por exemplo, em sistemas que controlam a temperatura de uma sala de reuniões, onde é possível calcular o valor da temperatura ideal com base na ocupação, estação do ano e temperatura exterior. Também o cálculo do melhor momento de arranque de um determinado equipamento é uma tarefa onde cada vez mais se está a aplicar Machine Learning.

Em alguns casos, os nossos clientes contratam serviços externos para definir estes e outros parâmetros de funcionamento e nós integramos essas ferramentas nos nossos sistemas, contudo, temos uma equipa a trabalhar para que essa inteligência esteja incorporada diretamente nos nossos sistemas, sem dependermos de plataformas externas. É uma área em crescimento e com muito potencial.

5. Como vê a evolução tecnológica e a integração da Inteligência Artificial nos edifícios do futuro?

Francisco: Considero que a velocidade da mudança tecnológica aumentou exponencialmente. Por exemplo, se formos comparar, a internet demorou sete anos a atingir 100 milhões de utilizadores, a última versão do ChatGPT conseguiu atingir esse número de utilizadores em apenas dois meses.

Esta aceleração da mudança também se verifica na tecnologia aplicada nos edifícios, isso significa que os sistemas serão cada vez mais inteligentes e distribuídos, com termostatos, sensores e equipamentos terminais a aprenderem e a ajustarem-se autonomamente. Pretende-se que cada ocupante de um edifício tenha o seu espaço personalizado com os parâmetros de conforto que melhor se adequam às atividades a desenvolver, seja num escritório, hotel ou hospital.

6. Como garante a Domótica SGTA a satisfação dos clientes em projetos tão complexos e exigentes?

Francisco: A satisfação do cliente é uma prioridade central e não se limita aos nossos clientes diretos, sejam eles os proprietários, as construtoras ou os instaladores elétricos ou de AVAC. Queremos que os ocupantes dos edifícios que controlamos também estejam confortáveis e satisfeitos com as suas condições de conforto.

Outro fator importante, é o envolvimento da Direção da empresa, ou seja, estamos presentes em todas as fases do projeto, desde a conceção até à execução. O que considero que transmite confiança, credibilidade e garante que os problemas sejam resolvidos rapidamente, mesmo nas situações mais desafiantes.

7. Como conseguem manter a qualidade e a exigência em todos os projetos?

Francisco: O segredo está na nossa equipa técnica, que é altamente qualificada, e no envolvimento da direção da empresa em todos os projetos. 

Mesmo quando surgem dificuldades ou imprevistos, nós garantimos que há acompanhamento direto para resolver os problemas dentro do prazo e segundo as expectativas do cliente. E consideramos que esta proximidade cria credibilidade e confiança.

8. Atualmente quais são os principais desafios da Domótica SGTA?

Francisco: Nos dias de hoje, temos dois grandes desafios.

O primeiro é estruturar a gestão da empresa, de forma a que esta funcione autonomamente, sem a presença constante dos sócios. Crescemos para uma equipa de mais de 30 pessoas e precisamos de criar camadas de gestão que mantenham a qualidade e o entusiasmo que sempre caracterizou a empresa.

E o segundo, que além de um desafio também se tornou uma prioridade estratégica, é o desafio global da sustentabilidade. Queremos contribuir com a nossa atividade para que os edifícios em que nos envolvemos atinjam a neutralidade carbónica.

9. Pode falar-nos sobre a equipa da Domótica SGTA e de como descreve a vossa cultura interna?

Francisco: Temos dois pilares que são muito importantes, a mais-valia técnica e o espírito de entreajuda!

A formação dos colaboradores é essencial, porque aquilo que fazemos não se ensina nas universidades, linguagens de programação, algoritmos de controlo e gestão de edifícios inteligentes são específicos da nossa área. E em média, é necessário um período de dois anos até que um técnico seja plenamente autónomo.

Mas o espírito de camaradagem e colaboração é igualmente importante, e é referido sistematicamente por todos os colaboradores como uma das forças da nossa empresa.  Tentamos ao longo do ano promover momentos de convívio, como por exemplo o jantar de Natal/Reis ou atividades outdoor, que reforçam relações genuínas e criam um ambiente de confiança e partilha.

10. Como lidam com a formação de novos colaboradores?

Francisco: Não temos uma academia interna, mas oferecemos formação contínua, apoiando-nos nos nossos parceiros tecnológicos.

Ou seja, cada colaborador passa por um período de aprendizagem prolongado para dominar os sistemas, as linguagens de programação e os algoritmos de controlo, específicos da empresa. 

Apesar de ser um desafio, esta formação garante a qualidade técnica e a autonomia dos profissionais que integram a nossa equipa.

11. Quais considera serem os fatores que mais contribuem para a confiança dos vossos clientes?

Francisco: Considero que fatores como os que já referi anteriormente, como a qualidade técnica, o envolvimento da direção, o cumprimento de prazos e a capacidade de resolver problemas rapidamente, são os principais para estabelecermos uma relação de confiança com os nossos clientes.

12. Que conselho daria ao Francisco de 30 anos, no início da Domótica SGTA?

Francisco: Diria para se apaixonar pelo que faz, porque essa paixão é essencial para atravessar momentos de tensão e dificuldade. Mas também o aconselharia a focar-se mais na gestão e não apenas na área técnica. O equilíbrio entre visão técnica e capacidade de gerir equipas e processos é crucial para o sucesso a longo prazo.

13. Pode partilhar alguma das decisões mais difíceis da sua carreira?

Francisco: Uma das decisões mais difíceis foi aceitar o desafio do Hospital Central do Alentejo. 

Tivemos que decidir entre assumir toda a instalação elétrica associada ao sistema de gestão técnica, algo que normalmente não fazemos, ou não aceitar o projeto. Foi uma decisão partilhada pela direção da empresa, com prós e contras, e exigiu muita ponderação sobre o impacto nos outros clientes e projetos.

Embora o projeto ainda esteja a decorrer e se apresentem muitos desafios pela frente, estamos confiantes que fizemos a escolha certa.

14. Como imagina um edifício inteligente em 2050?

Francisco: É difícil prever, porque a velocidade da mudança tecnológica aumenta a cada década. 

Mas acredito que o foco será cada vez mais no utilizador, com edifícios adaptados às necessidades individuais de conforto, eficiência energética e operação, garantindo que cada utilizador tem uma experiência personalizada, com sistemas autónomos e inteligentes.

15. Que mensagem gostaria de deixar aos leitores desta entrevista?

Francisco:  O desafio das alterações climáticas é determinante para o setor. Tornar os edifícios neutros em carbono é uma prioridade global e um desafio aliciante para todos os que lideram empresas neste setor. 

Na Domótica SGTA, queremos ser agentes ativos nessa transformação, colaborando com proprietários, promotores imobiliários, empresas construtoras e de instalação e gestores de ativos para criar um futuro sustentável e eficiente.

16. Para terminar, o que ainda o motiva nos dias de hoje e quais são os planos futuros para a Domótica SGTA?

Francisco: A paixão pelo que fazemos mantém-me motivado. Continuam a surgir projetos inovadores e desafios aliciantes que tornam a minha vida tudo menos monótona.

Os próximos anos são cruciais. Queremos criar uma estrutura de gestão distinta dos quatro sócios, mantendo a qualidade, o entusiasmo e o compromisso que sempre nos caracterizaram.

A minha visão é que esta mudança na gestão permitirá à Domótica SGTA continuar por muitas décadas, mantendo a inovação tecnológica, o foco no cliente e a sustentabilidade como pilares estratégicos.

https://www.domotica.pt/

Francisco é cofundador e diretor comercial da Domótica SGTA e há mais de vinte anos dedica-se a transformar edifícios em espaços inteligentes, eficientes e confortáveis. Do Aeroporto de Lisboa ao Ombria Resort, liderou projetos desafiantes que marcaram o setor. Nesta entrevista, fala sobre a importância da inovação, os desafios da sustentabilidade, a cultura interna da empresa e também sobre a paixão que o mantém motivado no dia a dia.

1. Como nasceu a Domótica SGTA e qual foi a motivação para criar a empresa?

Francisco: A Domótica SGTA nasceu da nossa paixão pela tecnologia e pelo controlo técnico de edifícios. Eu e os meus sócios começámos a trabalhar juntos em projetos desafiantes desde o início e sempre procurámos criar soluções inovadoras e de grande escala, com foco na qualidade, eficiência energética e satisfação do cliente. 

A nossa motivação principal foi a vontade de desenvolver sistemas que realmente fizessem a diferença, não apenas em termos de tecnologia, mas também no conforto e operação dos edifícios. Queríamos desenvolver sistemas que fossem fiéis às necessidades do cliente e adaptáveis a diferentes contextos.

2. Quais foram os primeiros projetos que desenvolveram? E quais considera mais marcantes na história da Domótica SGTA?

Francisco: Um dos primeiros grandes projetos foi a Gare do Oriente, que desenvolvemos do zero. Com um sistema que foi instalado em 1998 e continua a funcionar atualmente, com a nossa assistência técnica, o que mostra a qualidade do nosso equipamento e serviço. 

Outro projeto totalmente diferente foi o do Aeroporto de Lisboa, onde foram remodelados quadros elétricos e equipamentos de climatização permitindo instalar um sistema de gestão técnica centralizado, tudo isto aconteceu em plena operação, o que foi algo muito desafiante. 

Mais recentemente, destaco o Ombria Resort, um projeto hoteleiro no Algarve, com aproveitamento geotérmico de baixa entalpia, totalmente inovador para nós, que representou um desafio técnico e criativo.

Todos estes projetos são marcantes na história da Domótica SGTA, acima de tudo pelas suas diferenças.

3. Como caracteriza o papel da inovação dentro da Domótica SGTA?

Francisco: A inovação está no nosso ADN. Estamos a investir em Inteligência Artificial e Machine Learning para que os edifícios possam aprender e adaptar-se às necessidades dos ocupantes. Usamos plataformas que permitem ajustar automaticamente parâmetros como a temperatura ou o horário de funcionamento, mas estamos a desenvolver internamente soluções próprias para não depender de terceiros. 

A nossa visão é sempre unir eficiência energética, conforto e facilidade de operação, criando edifícios inteligentes que se adaptam a cada situação.

4. Pode dar-nos exemplos concretos de como a Inteligência Artificial e Machine Learning estão a ser aplicadas?

Francisco: Claro que sim, a Inteligência Artificial e Machine Learning podem ser aplicadas, por exemplo, em sistemas que controlam a temperatura de uma sala de reuniões, onde é possível calcular o valor da temperatura ideal com base na ocupação, estação do ano e temperatura exterior. Também o cálculo do melhor momento de arranque de um determinado equipamento é uma tarefa onde cada vez mais se está a aplicar Machine Learning.

Em alguns casos, os nossos clientes contratam serviços externos para definir estes e outros parâmetros de funcionamento e nós integramos essas ferramentas nos nossos sistemas, contudo, temos uma equipa a trabalhar para que essa inteligência esteja incorporada diretamente nos nossos sistemas, sem dependermos de plataformas externas. É uma área em crescimento e com muito potencial.

5. Como vê a evolução tecnológica e a integração da Inteligência Artificial nos edifícios do futuro?

Francisco: Considero que a velocidade da mudança tecnológica aumentou exponencialmente. Por exemplo, se formos comparar, a internet demorou sete anos a atingir 100 milhões de utilizadores, a última versão do ChatGPT conseguiu atingir esse número de utilizadores em apenas dois meses.

Esta aceleração da mudança também se verifica na tecnologia aplicada nos edifícios, isso significa que os sistemas serão cada vez mais inteligentes e distribuídos, com termostatos, sensores e equipamentos terminais a aprenderem e a ajustarem-se autonomamente. Pretende-se que cada ocupante de um edifício tenha o seu espaço personalizado com os parâmetros de conforto que melhor se adequam às atividades a desenvolver, seja num escritório, hotel ou hospital.

6. Como garante a Domótica SGTA a satisfação dos clientes em projetos tão complexos e exigentes?

Francisco: A satisfação do cliente é uma prioridade central e não se limita aos nossos clientes diretos, sejam eles os proprietários, as construtoras ou os instaladores elétricos ou de AVAC. Queremos que os ocupantes dos edifícios que controlamos também estejam confortáveis e satisfeitos com as suas condições de conforto.

Outro fator importante, é o envolvimento da Direção da empresa, ou seja, estamos presentes em todas as fases do projeto, desde a conceção até à execução. O que considero que transmite confiança, credibilidade e garante que os problemas sejam resolvidos rapidamente, mesmo nas situações mais desafiantes.

7. Como conseguem manter a qualidade e a exigência em todos os projetos?

Francisco: O segredo está na nossa equipa técnica, que é altamente qualificada, e no envolvimento da direção da empresa em todos os projetos. 

Mesmo quando surgem dificuldades ou imprevistos, nós garantimos que há acompanhamento direto para resolver os problemas dentro do prazo e segundo as expectativas do cliente. E consideramos que esta proximidade cria credibilidade e confiança.

8. Atualmente quais são os principais desafios da Domótica SGTA?

Francisco: Nos dias de hoje, temos dois grandes desafios.

O primeiro é estruturar a gestão da empresa, de forma a que esta funcione autonomamente, sem a presença constante dos sócios. Crescemos para uma equipa de mais de 30 pessoas e precisamos de criar camadas de gestão que mantenham a qualidade e o entusiasmo que sempre caracterizou a empresa.

E o segundo, que além de um desafio também se tornou uma prioridade estratégica, é o desafio global da sustentabilidade. Queremos contribuir com a nossa atividade para que os edifícios em que nos envolvemos atinjam a neutralidade carbónica.

9. Pode falar-nos sobre a equipa da Domótica SGTA e de como descreve a vossa cultura interna?

Francisco: Temos dois pilares que são muito importantes, a mais-valia técnica e o espírito de entreajuda!

A formação dos colaboradores é essencial, porque aquilo que fazemos não se ensina nas universidades, linguagens de programação, algoritmos de controlo e gestão de edifícios inteligentes são específicos da nossa área. E em média, é necessário um período de dois anos até que um técnico seja plenamente autónomo.

Mas o espírito de camaradagem e colaboração é igualmente importante, e é referido sistematicamente por todos os colaboradores como uma das forças da nossa empresa.  Tentamos ao longo do ano promover momentos de convívio, como por exemplo o jantar de Natal/Reis ou atividades outdoor, que reforçam relações genuínas e criam um ambiente de confiança e partilha.

10. Como lidam com a formação de novos colaboradores?

Francisco: Não temos uma academia interna, mas oferecemos formação contínua, apoiando-nos nos nossos parceiros tecnológicos.

Ou seja, cada colaborador passa por um período de aprendizagem prolongado para dominar os sistemas, as linguagens de programação e os algoritmos de controlo, específicos da empresa. 

Apesar de ser um desafio, esta formação garante a qualidade técnica e a autonomia dos profissionais que integram a nossa equipa.

11. Quais considera serem os fatores que mais contribuem para a confiança dos vossos clientes?

Francisco: Considero que fatores como os que já referi anteriormente, como a qualidade técnica, o envolvimento da direção, o cumprimento de prazos e a capacidade de resolver problemas rapidamente, são os principais para estabelecermos uma relação de confiança com os nossos clientes.

12. Que conselho daria ao Francisco de 30 anos, no início da Domótica SGTA?

Francisco: Diria para se apaixonar pelo que faz, porque essa paixão é essencial para atravessar momentos de tensão e dificuldade. Mas também o aconselharia a focar-se mais na gestão e não apenas na área técnica. O equilíbrio entre visão técnica e capacidade de gerir equipas e processos é crucial para o sucesso a longo prazo.

13. Pode partilhar alguma das decisões mais difíceis da sua carreira?

Francisco: Uma das decisões mais difíceis foi aceitar o desafio do Hospital Central do Alentejo. 

Tivemos que decidir entre assumir toda a instalação elétrica associada ao sistema de gestão técnica, algo que normalmente não fazemos, ou não aceitar o projeto. Foi uma decisão partilhada pela direção da empresa, com prós e contras, e exigiu muita ponderação sobre o impacto nos outros clientes e projetos.

Embora o projeto ainda esteja a decorrer e se apresentem muitos desafios pela frente, estamos confiantes que fizemos a escolha certa.

14. Como imagina um edifício inteligente em 2050?

Francisco: É difícil prever, porque a velocidade da mudança tecnológica aumenta a cada década. 

Mas acredito que o foco será cada vez mais no utilizador, com edifícios adaptados às necessidades individuais de conforto, eficiência energética e operação, garantindo que cada utilizador tem uma experiência personalizada, com sistemas autónomos e inteligentes.

15. Que mensagem gostaria de deixar aos leitores desta entrevista?

Francisco:  O desafio das alterações climáticas é determinante para o setor. Tornar os edifícios neutros em carbono é uma prioridade global e um desafio aliciante para todos os que lideram empresas neste setor. 

Na Domótica SGTA, queremos ser agentes ativos nessa transformação, colaborando com proprietários, promotores imobiliários, empresas construtoras e de instalação e gestores de ativos para criar um futuro sustentável e eficiente.

16. Para terminar, o que ainda o motiva nos dias de hoje e quais são os planos futuros para a Domótica SGTA?

Francisco: A paixão pelo que fazemos mantém-me motivado. Continuam a surgir projetos inovadores e desafios aliciantes que tornam a minha vida tudo menos monótona.

Os próximos anos são cruciais. Queremos criar uma estrutura de gestão distinta dos quatro sócios, mantendo a qualidade, o entusiasmo e o compromisso que sempre nos caracterizaram.

A minha visão é que esta mudança na gestão permitirá à Domótica SGTA continuar por muitas décadas, mantendo a inovação tecnológica, o foco no cliente e a sustentabilidade como pilares estratégicos.

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